Sete exoplanetas do sistema solar TRAPPIST-1, batizados de B a H, recebem muito pouco calor de sua estrela. Isso, junto com o elevado nível de radiação que sofrem da estrela e a possível ausência de uma atmosfera para os proteger da radiação, levaram a que os cientistas tivessem perdido a esperança de poderem ser habitáveis.
O aquecimento de maré ocorre graças à energia orbital e rotacional, que se dissipa na forma de calor na superfície do oceano ou no interior do planeta. Se assim for, isso compensaria as temperaturas baixas.
"Como a estrela TRAPPIST-1 é muito velha e fraca, as temperaturas na superfície dos seus planetas variam entre 126 graus – menos que em Vénus – e 105 graus negativos – mais frias que nos polos da Terra", explicaram os autores do estudo.
Tanto os planetas E como D podem ter a proporção justa de aquecimento de maré de forma a manter temperaturas estáveis para os seres humanos, sem atingir o efeito de estufa, como em Vénus.
As conclusões do estudo são especialmente encorajadoras porque coincidem com os dados do Telescópio Espacial Hubble, que em 2017 revelou que os planetas E, F e G poderiam ter oceanos de água em estado líquido.
Todos os planetas desse sistema solar são semelhantes à Terra e três ficam na chamada zona habitável de sua estrela, ou seja, podem conter água líquida em sua superfície.
Além disso, não é de excluir que tenham uma atmosfera estável, também um requisito importante para a vida ou a colonização.