De acordo com informações divulgadas pelo jornal El País, a Guarda Civil espanhola entregou um relatório a um tribunal em Barcelona, no qual se concluiu que a Generalitat (Executivo catalão) projetou a criação de um Exército "para a defesa da República".
Esta conclusão decorre da análise de mais de 20.000 emails confiscados de Lluís Salvadó, ex-secretário do Tesouro da Catalunha, que inclui um documento intitulado "A segurança da República da Catalunha".
Neste dossiê, os autores argumentam que a Catalunha "precisará de outro estado que lhe dê proteção temporária" e até mesmo colocar na mesa a opção de implementar um serviço militar obrigatório, embora essa possibilidade seja descartada pela prevísivel rejeição da população.
As autoridades regionais declararam a independência unilateralmente em 27 de outubro de 2017, mas a Câmara Alta do Parlamento espanhol, em resposta, invocou o artigo 155 da Constituição espanhola, introduzindo a governança direta de Madri em relação à Catalunha. No mesmo dia, o governo catalão e seu chefe foram depostos e eleições instantâneas na região foram anunciadas.