O documento estabelecerá a estratégia nuclear da Administração Trump e a justificativa para modernizar as forças nucleares estratégicas marítimas, aéreas e terrestres, também conhecidas como tríade nuclear.
O vice-secretário de Defesa Patrick Shanahan, o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Thomas Shannon e o vice-secretário de Energia, Dan Brouillette, estão apresentarão o RPN na sexta-feira (2) às 14:30, durante uma reunião do Pentágono.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu modernizar o arsenal nuclear dos EUA para assumir uma posição mais forte contra rivais como a China e a Rússia.
"Como parte de nossa defesa, devemos modernizar e reconstruir nosso arsenal nuclear, esperando nunca ter que usá-lo, mas tornando-o tão forte e poderoso que deterá quaisquer atos de agressão por qualquer outra nação ou qualquer outra pessoa", disse Trump em seu primeiro discurso do Estado da União, na terça-feira (30).
Ele acrescentou que, embora o desarmamento nuclear global seja um conceito agradável, o mundo ainda não está pronto para isso.
"Talvez algum dia no futuro haverá um momento mágico em que os países do mundo se juntem para eliminar suas armas nucleares", disse Trump. "Infelizmente, ainda não estamos lá, infelizmente".
Um orçamento de outubro de 2017, do escritório do Congresso estimou que os custos para modernizar o tríade nuclear seriam de US$ 1,2 trilhão ao longo de um prazo de 30 anos.
Talvez a proposta mais contida do projeto de RPN seja o chamado para desenvolver armas nucleares menores e de baixo rendimento que possam ser usadas por submarinos. Essa ogiva caberia no alto dos mísseis balísticos e de cruzeiro, lançados por submarinos.
Outra ideia polêmica do projeto de RPN é que as armas nucleares poderiam ser usadas em resposta a um ataque cibernético incapacitante contra a infra-estrutura crítica dos EUA, como redes elétricas e sistemas de controle de tráfego aéreo.
Mais de uma dúzia de senadores dos EUA escreveram uma carta a Trump na segunda-feira (29), alertando que as políticas detalhadas no esboço vazado provavelmente levariam à guerra nuclear.
A carta foi assinada por 16 senadores, incluindo Dianne Feinstein e Bernie Sanders.