EUA na Síria são como cavalo de Tróia, acha especialista

O Pentágono considera que a presença russa na Síria dificulta a luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), segundo o relatório do inspetor-geral do Pentágono.
Sputnik

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Em particular, o Pentágono critica as "manobras perigosas" dos aviões russos perto das aeronaves norte-americanas e expressa a preocupação quanto aos apelos de Moscou e Damasco à coalizão internacional liderada pelos EUA para acabar com a sua operação militar na Síria.

O cientista político e especialista nas relações internacionais Aleksei Minaev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, analisa as declarações do Pentágono.

"É uma grosseria pública a nível diplomático que, sem dúvida, impede a normalização das relações e o trabalho construtivo para a resolução da crise síria. Os norte-americanos desempenham o papel de cavalo de Tróia, que cria obstáculos a todo o processo de eliminação da ameaça terrorista para o povo sírio. Eles declaram ser participantes da atividade antiterrorista, mas ao mesmo tempo dispõem de todas as capacidades analíticas, físicas e tecnológicas para coletar toda a informação militar e estratégica", frisou o analista.

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Minaev não exclui que os norte-americanos podem "fazer chegar" a informação tanto à oposição armada, como aos grupos terroristas para tornar suas ações mais eficazes. Segundo ele, as ações dos EUA na Síria não correspondem às declarações oficiais.

"Em particular, o incidente ligado ao ataque de drones [contra estruturas russas na Síria] suscita muitas questões. Acontece que os grupos criminosos não têm acesso às tecnologias que permitem agir em coordenação com ajuda de dados dos meios técnicos. Por isso, a atividade dos EUA na Síria diverge das declarações públicas."

O especialista conclui que isto não permite dizer que a presença militar dos EUA na Síria favorece a solução do problema comum que é o terrorismo.

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