Irã pretende salvar mar Cáspio da catástrofe ecológica

A questão sobre o estado do mar Cáspio já tem sido discutida durante muito tempo por cinco países da região – Rússia, Irã, Azerbaijão, Cazaquistão e Turcomenistão – e parece já estar próxima do fim.
Sputnik

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Espera-se que o problema seja debatido na cúpula dos chefes destes países, que deve ser realizada ainda neste semestre.

Contudo, o problema jurídico não é primordial, pois em primeiro lugar é necessário resolver o problema ecológico, disse na entrevista à Sputnik Persa o cientista e especialista em ecologia Mohammad Darvish, que tenta impedir a realização do projeto de dessalinização do mar e sua transferência para províncias áridas no Irã.

O especialista acha que a experiência anterior de transferência de águas em outras áreas é muito cara e não é vantajosa, pois cada metro quadrado de água transferida equivale de fato a cinco metros cúbicos, salientando que esta região possui a melhor ecologia e ecossistema do país, e com esse processo ela pode ser destruída.

"Além disso, a realização do projeto de transferência de água do mar Cáspio a Semnan pode causar uma catástrofe ecológica tanto para o mar, como para a rota pela qual a água será transportada […] Se dessalgar a água no Cáspio, isso aumentará o nível de sal dele e afetará negativamente o seu sistema ecológico", disse o especialista.

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Para o transporte, deve ser construído um encanamento de 200 quilômetros, que atravessará pela floresta. Além disso, caso a tubulação se danifique, a água salgada pode vazar e causar um desastre ecológico.

Mohammad Darvish constata que atualmente o nível de poluição está 40 vezes acima dos padrões aceitáveis e que causa a morte de várias espécies de peixe.

Por isso, o cientista acha que em primeiro lugar, antes de determinar o estado jurídico do mar Cáspio, é necessário fazer uma versão final da convenção sobre a situação legal do mar e os direitos de todos os cinco Estados, sendo que tais disposições garantirão a proteção do ecossistema marinho e ajudarão a prevenir uma calamidade ecológica na bacia.

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