Fujimori, acusado de corrupção e violação dos direitos humanos, recebeu um indulto de Natal no ano passado, quando cumpria pena de 25 anos por outros massacres realizados durante o seu governo. Segundo decisão de uma corte peruana, no entanto, ele terá que responder pela morte de seis pessoas no povoado de Pativilca no final de janeiro de 1992, executadas por um esquadrão paramilitar, supostamente, a mando do antigo chefe de Estado.
"O Colegiado B da Câmara Penal Nacional resolve que, no caso Pativilca, o direito de graça por razões humanitárias não é aplicado ao ex-presidente Alberto Fujimori. Portanto, ele não está excluído do julgamento neste caso", informou o Poder Judiciário do Peru.
Fujimori foi eleito presidente em 1990, ao derrotar o escritor Mario Vargas Llosa. Dois anos depois, ele fechou o Congresso e vários órgãos públicos e passou a governar com as Forças Armadas, agindo com violência contra opositores. Em 2000, renunciou à presidência e fugiu para o Japão, mas não conseguiu escapar das condenações por seus crimes. Ele cumpriu 12 dos 25 anos de sua pena.