"A cessação de tais acordos, de fato, é um castigo. Para quê? Pois isso quer dizer que menos dinheiro entra no orçamento russo. Deste modo, podemos considerar isso como um sucesso no que se trata de fazer a Rússia assumir responsabilidades", sublinhou.
Ademais, Nauert adiantou que todas as missões diplomáticas norte-americanas foram encarregadas de se esforçarem para impedir o desenvolvimento de laços econômicos com a Rússia, especialmente no que se trata da área militar.
Em 2 de agosto de 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou a Lei de Contenção de Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês), tendo em vista a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte.
O especialista em história americana, Areg Galstyan, disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que, ao ameaçarem com sanções, os EUA esperam o cancelamento de contratos para entrega de armas russas, embora a maioria deles já tenha sido realizada.
"O setor militar não tem a ver apenas com finanças, mas em primeiro lugar com a política. Três bilhões é uma soma pequena, igual a cerca de um contrato com algum país médio. Provavelmente se trataria da Arábia Saudita. Alegadamente, eles [sauditas] teriam se assustado com a perspectiva de serem afetados pelas sanções dos EUA e tenham descartado o contrato sobre S-400. Entretanto, a Turquia comprou, todavia, os sistemas S-400 à Rússia, embora ela [Ancara] também seja alvo das sanções [antirrussas]", observou o entrevistado.
"Recentemente, as Filipinas têm comprado armas à Rússia. No total, no ano passado houve um balanço comercial positivo neste sentido — isto é, cerca de US$ 14 bilhões [mais de R$ 45 bilhões]. Ou seja, a maior parte dos contratos acabou sendo realizada. De qualquer modo, os norte-americanos introduzem medidas restritivas seletivas contra aqueles países que costumam comprar armamentos russos. Quanto à Turquia, ainda não se fala sobre quaisquer restrições. Mas essa política tem um caráter de expectativa", resumiu.