A especialista explicou que Washington fornece aviões de última geração aos países da região Ásia-Pacífico para "defender as fronteiras" dos atores da região perante as supostas "ameaças potencias".
Segundo Muralidharan, os aliados dos EUA, a Coreia do Sul e Nova Zelândia, receberam a aprovação de Washington para adquirir aviões P-8A Poseidon, enquanto a Malásia, a Indonésia e o Vietnã também já expressaram seu interesse em comprar o avião militar norte-americano.
O avião foi projetado para a guerra de superfície, inteligência e vigilância e tem maior capacidade de carga que o Boeing. Além disso, o P-8A Poseidon é capaz de carregar armas como os mísseis antinavio Harpoon ou os torpedos Mk-54.
A Índia e a Austrália foram os primeiros países a comprar o P-8A Poseidon e, atualmente, planejam aumentar a sua frota de aviões para vigiar "a expansão da China nos oceanos Pacífico e Índico".
"Provocações" e "medidas necessárias"
Nos últimos meses ocorreu uma série de incidentes entre Washington e Pequim em águas disputadas do mar do Sul da China.
Em outubro de 2017, um destróier norte-americano entrou nas águas territoriais das Ilhas Paracel, reclamadas pela China. Em resposta, Pequim enviou uma fragata, dois caças e um helicóptero, acusando os EUA de “provocação”.
Enquanto a China qualifica as ações dos EUA como "violações da soberania e dos interesses de segurança" nacionais, Washington declarou que elas estão de acordo com o direito internacional, que reconhece a liberdade de navegação de qualquer Estado nas águas em questão.