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'A corrupção é sempre do outro e nunca minha'

Não é algo exatamente novo para a população: o Brasil piorou em ranking que mede a corrupção ao redor do mundo.
Sputnik

A Transparência Internacional faz pesquisa em que avalia a percepção de corrupção no setor público em 180 países. Quanto mais alta a posição na lista de países, maior é a percepção de integridade no Estado. Lideram a lista Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia. Já os três piores colocados são Síria, Sudão do Sul e Somália. 

No ranking de 2017, o Brasil ocupa a 96ª colocação — o pior resultado em 5 anos e uma queda de 17 posições em relação a 2016. Com a mesma pontuação que o Brasil, Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia também ocupam a 96ª colocação.

"Você não pode esperar uma elite política honesta de uma sociedade que tem problemas com a honestidade", afirma o cientista político e professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Antônio Marcelo Jackson.

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Jackson diz que a corrupção no Brasil "é sempre a do outro e nunca minha". Ele usa como exemplo o juiz Sérgio Moro, que flagrado recebendo auxílio-moradia mesmo sendo dono de imóvel próprio, argumentou que a medida seria uma maneira de compensar a falta de reajuste salarial.

"Um sujeito que é um juiz federal, que deveria combater a corrupção, lança mão da corrupção e não vê problema nenhum nisso", analisa.

Para demostrar que a corrupção não é uma exclusividade do serviço público, o cientista político da UFOP conta que já encontrou alunos seus "colando" em provas de formação de professores.

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