"A política fiscal [dos EUA] está entrando em um território desconhecido", disse o analista do Goldman Sachs Jan Hatzius.
"Nos últimos dois meses o Congresso votou duas vezes a favor de aumentar significativamente o déficit, apesar dos níveis já elevados de endividamento e do crescimento da economia, que não precisa de incentivos financeiros adicionais", sublinhou Hatzius. Segundo ele, a expansão fiscal levará ao crescimento do PIB em 0,7% em 2018 e em 0,6% em 2019.
Vasileios Gkionakis, do banco UniCredit, opina que a implementação de uma política fiscal expansionista quando a economia está crescendo causa preocupações sobre o futuro do dólar.
"O crescimento rápido da economia mundial e o aumento da demanda por capital” significam que os EUA enfrentarão uma concorrência internacional mais dura por investimentos para financiar o déficit. Nesse contexto, Washington será obrigado a oferecer taxas de juro mais altas ou taxa de câmbio mais baixa. Neste ano estamos observando ambas essas tendências", explicou ele.
Nas últimas semanas a taxa de câmbio do dólar em relação ao euro atingiu o nível mais baixo desde dezembro de 2014.