"A China está voltando forte. Hoje, existem cerca de 60 usinas nucleares em construção e mais de um terço deles estão na China. A China está crescendo e, como resultado, veremos que a China ultrapassou os Estados Unidos como a energia nuclear do número 1 no mundo", disse o CEO da IEA, Fatih Birol, citado pelo site Marketwatch.
De acordo com a IEA, os EUA, que tem sido líder na área nuclear desde a década de 1960, enfrentam dois problemas que levarão a perder a liderança. Primeiro, Washington não está investindo o suficiente na energia nuclear (nem a Europa). Em segundo lugar, não está fazendo o suficiente para prolongar a vida das plantas existentes.
"Se continuar assim, a capacidade nuclear dos EUA passará de 20% para 7%", disse Birol. A indústria nuclear dos EUA enfrentará as mesmas desvantagens que vê na energia solar.
"A China está aprendendo ao fazer isso, reduzindo os custos e, portanto, agora estão prontos para exportar tecnologia e são muito mais econômicos do que outros. E desafiam os exportadores estabelecidos, como os EUA, Japão, Coreia e países europeus", afirmou ele.
Birol acrescentou que a China será a principal nação impulsionadora da remodelação do mercado de energia nos próximos anos.
"Vou dar-lhe um exemplo […] Apenas cinco meses atrás, o governo chinês tomou a decisão de limitar o uso de carvão e passar a [gás natural liquefeito]. Como resultado, a importação chinesa de GNL aumentou mais de 50% e os preços de GNL dobraram de US$ 6 para US$ 12 dólares na região do Pacífico asiático", explicou.
"Quando a China muda, tudo muda […] As novas políticas energéticas da China significam uma nova fase para os mercados globais da energia", concluiu.