Rússia considera uso de nova criptomoeda venezuelana

A nova criptomoeda venezuelana, petro, deverá ser estudada com muita cautela antes de cogitar a possibilidade de seu uso na Rússia, disse a jornalistas na segunda-feira (26) Aleksandr Schetinin, diretor do departamento latino-americano do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Sputnik

"Primeiro vamos conferir como funciona esse mecanismo. Eu sei que há frequentes contatos com nossos departamentos financeiros em Moscou e Caracas. Penso que nesse momento é muito importante garantir um mecanismo confiável, inclusive uma cooperação financeira", respondeu quando indagado sobre a Rússia estar pronta a considerar a possibilidade de uso da nova moeda virtual venezuelana. 

Segundo ele, "os especialistas devem estudar e avaliar como isso se enquadra nas realidades dos nossos países".

Petro venezuelano: xeque-mate ao dólar?
Em 20 de fevereiro, a Venezuela lançou sua moeda virtual petro. Ao mesmo tempo, o presidente Nicolás Maduro comunicou que o volume de pré-vendas do petro atingiu 735 milhões de dólares. Assim, a Venezuela tornou-se o primeiro país com sua própria criptomoeda, que é garantida pelas reservas de petróleo. Além disso, de acordo com Maduro, o interesse dos investidores estrangeiros em relação às transações com o petro, já ultrapassou 1 bilhão de dólares. Entre os países que mostraram interesse estão Colômbia, Brasil, Japão, China, Palestina, Espanha e São Vicente e Granadinas.

Maduro ressaltou que Venezuela pode usar o petro para transações internacionais. O valor de um petro é equivalente ao valor de um barril de petróleo venezuelano. Ele também ordenou o início do uso da criptomoeda em todos os serviços consulares nas embaixadas da Venezuela por todo o mundo, e aprovou a proposta de comprar combustível para aeronaves com a moeda virtual. Segundo ele, no futuro o petro deverá ser usado para pagar serviços de turismo.

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