Cientistas consideram possível haver bactérias alienígenas que se alimentem de radiação

Os pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron da Universidade de São Paulo, descobriram que em Europa, um dos satélites de Júpiter, podem existir bactérias que se alimentem de radiação.
Sputnik

Segundo o estudo, publicado na revista Science Alert, é provável que este corpo celeste abrigue elementos radioativos que possam servir como fonte de energia para micro-organismos semelhantes aos Desulforudis audaxviator terrestres.

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Também conhecida como "viajante audaz", esta bactéria se destaca por sua capacidade de viver em completo isolamento, sem oxigênio, na escuridão total e a 60 graus Celsius de temperatura.

A bactéria sobrevive graças à decomposição radioativa do urânio. Desta forma, o organismo obtém hidrogênio e sulfatos e pode construir suas próprias moléculas orgânicas a partir da água, carbono e nitrogênio inorgânico obtidos do amoníaco das rochas e dos fluidos que o envolvem.

Segundo os cientistas, a vida no satélite de Júpiter pode existir com três condições: presença de água, alta temperatura e presença de elementos químicos necessários para manter o metabolismo. De acordo com os dados de hoje, é provável que no satélite de Júpiter existam os dois primeiros fatores. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem que substâncias se dissolvem nas águas do satélite de Júpiter.

Os resultados da simulação da distribuição dos elementos químicos nos objetos do Sistema Solar mostram que é provável que os materiais radioativos estejam presentes em Europa, assim como em Encélado, satélite de Saturno. Sua quantidade deve ser suficiente para sustentar a vida de organismos como o Desulforudis audaxviator.

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