"É preciso entender que a principal linha de tensões não passa entre a Coreia do Norte e do Sul, mas sim entre a Coreia do Norte e os EUA", afirmou Venediktov.
Enquanto isso, ele reconheceu que não existem obstáculos objetivos ao diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte. Washington deseja obter garantias de que, em resultado de conversações entre os dos países, a Coreia do Norte abandonará seu programa nuclear e de mísseis. Por sua vez, Kim Jong-un precisa das armas nucleares para garantir a sua existência e evitar o destino dos líderes do Iraque e da Líbia, assinalou o entrevistado.
"É importante que o início de tais conversações não seja condicionado por exigências mútuas, é preciso, sim, começar o diálogo e tentar resolver todos os problemas durante o processo", acrescentou Venediktov.
As tensões entre a Coreia do Norte e os EUA se agravaram durante os últimos meses. Em resposta aos testes nucleares de Pyongyang, Washington ameaça tomar medidas e continua impondo sanções contra o país asiático. Recentemente, a Coreia do Norte afirmou que está pronta a manter conversações com os EUA. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Washington está disposto a dialogar, mas "apenas nas condições corretas", acrescentando que "nós [os EUA] veremos o que acontece".
Enquanto isso, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, esta última aliada dos EUA, iniciaram uma reaproximação, que marcou os Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang.