Segundo informações da agência Reuters, Petro, que lidera as pesquisas para as eleições de maio, escapou ileso do incidente. A polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar os opositores do líder esquerdista e partidários que ameaçavam entrar no local planejado para a manifestação, que não tinha autorização da prefeitura local.
As janelas do carro foram atingidas, mas fontes policiais negaram que os ataques foram à bala como sugerido por alguns membros da campanha de Petro. O candidato líder das pesquisas foi prefeito de Bogotá e pertencia ao grupo de guerrilheiros M-19, que entregou as armas no final dos anos 1980 tornando-se um partido. O mesmo processo ocorreu recentemente com as FARC.
Petro se manifestou em seu perfil pessoal no Twitter confirmando que não houve disparos contra seu carro, e contando que sete ônibus participaram do que chamou de "sabotagem" de sua manifestação.
Neste vídeo, postado também no Twitter e repostado pelo candidato, é apresentado pelo usuário como prova de que houve sim disparos na manifestação. No vídeo, ouve-se algo que parece ser um disparo, e logo em seguida as pessoas correm em várias direções.
Ainda há poucas informações confirmadas, mas circula a possibilidade de uma tentativa planejada de assasinar o candidato. Muitos colombianos estão indo às redes sociais para demonstrar apoio ao candidato através da hashtag #ColombiaHumana.
"A manifestação foi infelizmente dissolvida por alguns membros da polícia", disse o candidato presidencial em frente a um hotel na cidade de Cúcuta, capital do departamento do norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, onde presidiu uma concentração improvisada diante de seus seguidores.
A manifestação reuniu milhares de pessoas e foi transmitida ao vivo pela campanha no Facebook, em que se pode ouvir os manifestantes gritando o lema da campanha "Si, se pudo!".
Petro concorrerá no dia 11 de março em uma consulta que deixou eleger seu candidato presidencial. Todas as pesquisas prevêem que ele será escolhido por uma ampla margem de votos sobre Carlos Caicedo.
O ex-presidente Alvaro Uribe, também se envolveu em um incidente semelhante na cidade de Popayan, sudoeste do país, onde os manifestantes da oposição tentaram bloquear a sua chegada em uma reunião política.
A Colômbia enfrenta uma divisão política profunda próximo das eleições legislativas e presidenciais, em que o direita e esquerda têm medido forças.
A Polícia Nacional, que participa nos esquemas de segurança dos candidatos presidenciais e dos líderes políticos, pediu "moderação e tolerância" e um uso adequado do direito ao protesto pacífico e sem violência.