Cientistas indicam quantos asteroides ameaçam colidir com a Terra nos próximos anos

O Centro de Monitoramento e Previsão de Emergências russo partilhou alguns dos cenários mais preocupantes que a Terra pode enfrentar nas próximas décadas, tendo indicado o grau de perigo que uma possível colisão destes corpos celestes com o nosso planeta pode representar.
Sputnik

Asteroide enorme está se aproximando do nosso planeta (VÍDEO)
Grandes asteroides com até um quilômetro de diâmetro podem se aproximar mais de 10 vezes a uma distância perigosa da Terra nos próximos 32 anos, informou o Antistikhia, Centro Russo de Monitoramento e Previsão de Emergências Naturais e Antropogênicas.

"Até 2050, esperamos 11 eventos de asteroides se aproximando a uma distância menor do que o raio médio da órbita lunar (385 mil quilômetros). O tamanho dos corpos celestes varia entre 7 e 945 metros", diz-se no documento publicado pelo centro.

O asteroide mais perigoso é o 99942 Apophis, de 393 metros de diâmetro. Em 13 de abril de 2019, o astro passará a 38,4 mil quilômetros da Terra, que praticamente corresponde à órbita dos satélites geoestacionários (35,8 mil quilômetros), advertiu o centro. A velocidade de aproximação atingirá os 7,42 quilômetros por segundo (mais de 26.000 Km/h).

Quanto a este ano, prevê-se a passagem de 34 asteroides com mais de 100 metros de diâmetro a uma distância perigosa da Terra, segundo os dados do Antistikhia. De acordo com o centro, em 2017, mais de 730 asteroides se aproximaram do nosso planeta a uma distância menos de 10 milhões de quilômetros. Destes, houve 100 casos de asteroides com mais de 100 metros de diâmetro passando perigosamente perto da Terra.

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Asteroides co mais de um quilômetro de diâmetro são considerados grandes corpos celestes. No nosso planeta, podem-se encontrar cerca de 120 crateras gigantescas de asteroides, o maior na Rússia é a cratera de Popigay, no norte da Sibéria. A cratera interna mede 75 quilômetros, enquanto a externa — 100 quilômetros, tendo sido causadas por uma catástrofe que aconteceu há 36 milhões de anos.

Alguns cientistas até relacionam a extinção em massa de seres vivos (cerca de 250 milhões de anos atrás) com a queda de um grande asteroide. Outro asteroide, segundo a hipótese de Luis Alvarez, causou o desaparecimento dos dinossauros.

Mesmo os astros menores representam uma ameaça significativa para a Terra. Ao explodir, eles causam uma onda de choque e calor comparáveis aos de uma explosão nuclear, podendo causar danos significativos. Foi apenas por mera sorte que o enorme asteroide de Tunguska caiu na região desabitada da Sibéria sem provocar graves consequências.

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