Novas armas russas: senadores querem que EUA inicie diálogo com Moscou

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, deve começar uma nova rodada de conversações estratégicas com a Rússia o mais rápido possível devido ao recente anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, de novas armas nucleares, afirmam os senadores norte-americanos Bernie Sanders, Dianne Feinstein, Ed Markey e Jeff Merkley.
Sputnik

Putin disse em seu discurso no parlamento que a Rússia havia desenvolvido uma série de armas avançadas, incluindo drones subaquáticos intercontinentais, um míssil hipersônico prospectivo e mísseis de cruzeiro de energia nuclear. O presidente destacou que a Rússia não violou nenhum tratado de armas e não tem planos de atacar ninguém.

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"Um diálogo estratégico EUA-Rússia é mais urgente após o discurso público do presidente Putin em 1º de março, quando ele se referiu a várias novas armas nucleares, a Rússia está se desenvolvendo, incluindo um míssil de cruzeiro e um drone subaquático nuclear, que atualmente não estão limitados pelo novo tratado START [sigla em inglês para Novo Tratado Estratégico para a Redução de Armas], e seria desestabilizador se implantado", disse a carta enviada à Tillerson nesta quinta-feira (8). 

"Os Estados Unidos devem iniciar diálogos com a Rússia com urgência para evitar erros de cálculo e reduzir a probabilidade de conflito".

A carta diz que o Departamento de Estado dos Estados Unidos deve lidar com a violação por parte da Rússia do Tratado sobre as Forças Nucleares de Intermessão Intermediária através de disposições existentes ou de outra forma que possam ser mutuamente acordadas. A administração do Trump também precisa ampliar o START, acrescentou a carta.

Além disso, os senadores disseram que o Departamento de Estado também deve conversar com a Rússia sobre formas de aumentar a transparência acerca de informações em relação a armas nucleares não estratégicas.

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"As tentativas da administração Obama de negociar um acordo sobre esta classe de armas encontraram resistência da Rússia", afirmou a carta.

No entanto, mesmo ausente do espaço político para um acordo formal ou um tratado vinculativo com a Rússia, os senadores disseram que pediram ao Departamento de Estado a que discuta formas de aumentar a transparência em armas nucleares não estratégicas, concluiu a carta.

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