Para que urso mostra suas garras: mídia alemã analisa implicações do novo arsenal russo

Em sua polêmica com o líder norte-coreano, o presidente dos EUA, Donald Trump, falou sobre quem possui o maior botão nuclear. Agora, essas palavras agora exigem uma revisão na sequência do discurso de Vladimir Putin e da revelação do novo armamento russo de tecnologia de ponta, assinalou o jornal alemão Stern.
Sputnik

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Enquanto o discurso do presidente russo em 1º de março abordou vários tópicos relevantes para o desenvolvimento nacional, Putin apresentou também os mais recentes desenvolvimentos do equipamento militar russo, o que atraiu uma grande atenção por parte da mídia internacional, assinalou o autor do artigo, Gernot Kramper.

O líder russo enfatizou que os novos tipos de armas russas são "invencíveis" para os meios da defesa contemporâneos e promissores.

De fato, os especialistas não ficaram muito surpresos já que a Rússia reiterou repetidamente que estava desenvolvendo e fabricando armas para contrariar as crescentes ameaças militares contra ela.

Quão perigosas são as armas russas? 

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O autor qualificou as novas armas russas como "muito perigosas" e acrescentou que, embora não proporcionem à Rússia "o poder sobre o mundo", elas permitem que Moscou se contraponha aos EUA em qualquer conflito.

Kramper reiterou que os planos militares da Rússia nunca foram um segredo e que o "status quo" não mudou: tal como antes – na época da Guerra Fria – uma vez lançados os mísseis estratégicos, eles já não poderão ser interceptados.

"Mas se imaginarmos que o escudo antimíssil norte-americano na Europa foi instalado não contra os mísseis imaginários iranianos, mas contra os russos, então, há de constatar que a tentativa dispendiosa de Washington de neutralizar o arsenal estratégico da Rússia acabou sofrendo uma derrota", opinou o jornalista.

O "perigo real" para os EUA e os países do Ocidente radica não na capacidade da Rússia de lançar um ataque nuclear devastador, mas nas armas hipersônicas russas.

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Enquanto "pode-se duvidar que um míssil a propulsão nuclear esteja pronto para ser implantado", os mísseis Kinzhal e Avangard parecem demonstrar a superioridade da Rússia contra qualquer concorrente neste campo, acredita o autor.

A este fato soma-se uma notável mudança de posição do Kremlin no que se trata das exportações do equipamento bélico mais sofisticado, como o sistema antiaéreo S-400.

"Se Vladimir Putin tornar as armas hipersônicas disponíveis para venda […] Sua proliferação diminuirá consideravelmente a capacidade dos EUA de utilizarem sua força militar esmagadora em todos os cantos do planeta", conclui Kramper.

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