Ainda que o país norte-africano proporcione aos cidadãos mais direitos do que a maioria das outras nações do Oriente Médio, manifestantes marcharam para o edifício do Parlamento na Tunísia neste fim de semana exigindo que as mulheres recebessem os mesmos direitos de herança que os homens. Sob a lei islâmica, homens recebem o dobro da herança em relação às mulheres.
Muitas mulheres carregavam cartazes dizendo: "Em um estado civil, eu ganho exatamente o que você ganha". Muitos homens marcharam junto com as mulheres.
"É verdade que as mulheres tunisianas têm mais direitos em comparação com outras mulheres árabes, mas queremos ser comparadas com as mulheres europeias", afirmou a ativista Kaouther Boulila, citada pela Reuters.
Em agosto, o presidente da Tunísia, Beji Caid Essbsi, criou um comitê para estabelecer propostas para expandir os direitos das mulheres. Seu anúncio foi recebido com indignação e oposição por muitos clérigos muçulmanos, alegando que a proposta de futuro era uma violação da doutrina islâmica.