A técnica utilizada para mudar a forma dos crânios femininos, cientificamente conhecida como deformação artificial do crânio, podia ser aplicada apenas durante a infância, quando os ossos ainda estavam se formando e o crânio ainda era macio e maleável. Os crânios de forma oval, bem como a maioria das modificações corporais nos tempos antigos, eram vistos como um sinal de beleza, status ou nobreza, informaram os pesquisadores. Os resultados do estudo foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Para revelar o mistério dos crânios de forma oval, os pesquisadores analisaram o DNA de 36 adultos, 14 dos quais tinham crânios alterados, de seis diferentes cemitérios da Baviera. Os cientistas também coletaram amostras de DNA de um soldado romano e de duas mulheres da Crimeia e da Sérvia.
Os arqueólogos não conseguiram identificar crianças com crânios em forma oval no cemitério, refutando a teoria de que os moradores da Baviera praticavam o alongamento dos crânios. O novo estudo mostra que as mulheres com crânios deformados eram noivas imigrantes que haviam viajado para a Baviera a partir do território da atual Romênia, Bulgária ou da Sérvia no século VI. As concubinas com cabeça oval provavelmente embarcaram na jornada para fortalecer alianças estratégicas durante o colapso do Império Romano.