Em entrevista à Sputnik Brasil, Almeida lembrou que a campanha presidencial ainda está dando os seus primeiros passos. A pouco menos de sete meses do pleito, o cenário que envolve os principais candidatos poderá mudar, especialmente no que diz respeito a Alckmin:
Em 2006, Geraldo Alckmin disputou o segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato do PT, vencedor em 2002 diante de José Serra, também do PSDB, obteve 46.662.365 votos, contra 39.968.369, de Geraldo Alckmin. Percentualmente, Lula obteve 48,61% dos votos, contra 41,64% de Alckmin.
"O posicionamento do PSDB em relação ao presidente Michel Temer vai ser um dos mais importantes fatos a serem explorados durante a campanha eleitoral. O PT vai tentar mostrar à opinião pública que o PSDB apoiou e apoia Michel Temer. E o PSDB vai tentar se distanciar com o Geraldo Alckmin afirmando que não há mais esse apoio. Essa disputa vai fazer a diferença no percentual de votos. Quem conseguir convencer a opinião pública, vai levar a melhor. Vai levar a melhor como? Através do discurso. Será o momento do convencimento do eleitorado pelo discurso. Politicamente falando: hoje, ser associado ao presidente Michel Temer não é bom, tira votos de qualquer candidato."
Ainda de acordo com o especialista, terá mais votos nesta campanha o candidato que se dedicar aos temas da economia. O eleitor, segundo ele, sabe que segurança pública é problema dos governadores, com apoio dos prefeitos.
No seio do PSDB, o otimismo é absoluto em relação ao desempenho de Geraldo Alckmin na campanha presidencial, como demonstra o senador Dalírio Beber, de Santa Catarina:
"Agora, em 2018, nós do PSDB temos certeza de que reunimos plenas condições de chegar à Presidência da República, diante do trabalho que o partido e os seus governadores realizaram em São Paulo ao longo de todos esses anos, começando por Mário Covas e chegando a Geraldo Alckmin. O povo de São Paulo reconheceu nas ações políticas, econômicas e administrativas dos últimos governadores de São Paulo todo um empenho por recuperar e fortalecer o estado. E quem administrou bem São Paulo tem todas as possibilidades de se eleger presidente da República, realizando um belo governo federal", afirmou Beber.