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Fala Acari: 'morte de Marielle foi um recado aos que se levantam para lutar'

A vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na última quarta-feira (14), denunciou no dia 10 de março a violência da Polícia Militar contra moradores da Favela do Acari.
Sputnik

O coletivo da Favela do Acari 'Fala Akari' publicou uma nota nas redes sociais cobrando a execução de Marielle Franco, além de criticar o grande aumento da violência policial na comunidade. 

A militante do coletivo, Buba Aguiar, disse à Sputnik Brasil que a execução da vereadora do PSOL representa um silenciamento da luta contra violência armada do Estado. 

"Não foi uma simples morte, foi uma execução, um recado límpido pra todas as pessoas que se levantam pra lutar contra os desmandos do Estado e seu braço armado", disse a ativista. 

Escolhida para fiscalizar a intevenção federal na segurança pública do Rio, Marielle Franco havia postado e m10 de março que o 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro estava "aterrorizando e violentando moradores de Acari".

 

De acordo com Buba Aguiar, "a situação em Acari está preocupante demais", destacando que houve um significativo aumento da violência policial após o início da intervenção federal. 

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"Houve uma maior atuação do batalhão local depois da intervenção e uma maior violência do mesmo", observa. 

A principal linha de acusação da polícia é execução. Marielle era uma das relatoras de uma comissão criada em fevereiro para monitorar a operação das Forças Armadas na segurança pública do Rio de Janeiro. A denúncia da violência policial nas favelas e a defesa dos direitos humanos eram alguns dos temas de maior atuação de vereadora.   

"A Marielle era uma mulher negra e favelada como todas as mulheres do coletivo 'Fala Akari' e como a grande maioria das mulheres das favelas do RJ. Era da Maré.  Era uma voz a mais na luta pelo nosso povo. Uma luta que estão tentando silenciar, mas que não irão conseguir", completa Buba Aguiar.

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