Mãe de candidata derrotada por Putin, senadora russa quer equiparar stalinismo ao nazismo

A senadora russa Lyudmila Narusova quer criminalizar a negação das repressões e expurgos do ex-líder soviético Josef Stalin. A proposta aparece depois que sua filha, a presidenciável Ksenia Sobchak, enfrentou vários adversários pró-Stalin durante os debates da campanha deste ano.
Sputnik

Narusova pretende preparar um projeto de lei para equiparar a justificativa do stalinismo à justificativa do nazismo.

"Depois de todas as proclamações públicas do [candidato presidencial russo Maksim] Suraikin, considero isso necessário e, em um futuro próximo, vou apresentar tal iniciativa", disse a senadora à mídia local, citada pela RT.

Ela descreveu Maksim Suraikin e o líder da União Todos pela Rússia, Sergei Baburin — que se baseava fortemente na imagem de Stalin em sua campanha — como "stalinistas abertos" por causa de seus apelos para trazer de volta a União Soviética.

"Eles descreveram como eles imaginam tudo isso", afirmou Narusova. "As nações bálticas, o Cáucaso, o Cazaquistão, esperam que todos corram de volta à União Soviética, o que nos trará outra guerra".

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A parlamentar também enfatizou que as tentativas de justificar a repressão de Stalin poderiam ferir os sentimentos de numerosos parentes das vítimas e, portanto, deveriam ser evitadas. Ao mesmo tempo, ela observou que o stalinismo dificilmente obtém qualquer apoio entre o público russo, com os candidatos que contaram com isso se tornando estranhos na corrida presidencial e "derramando lágrimas" por este fato.

Esta não é a primeira tentativa de criminalizar a justificativa de crimes cometidos pelo governo de Stalin. Em 2015, um projeto de lei semelhante foi proposto pelo senador Konstantin Dobrynin, que disse que quaisquer obras que contenham justificativa de crimes stalinistas deveriam ser legalmente classificadas como materiais extremistas.

Ao mesmo tempo, Dobrynin disse que seu projeto de lei deveria se aplicar apenas a crimes já mencionados como tais em documentos oficiais, e não aos que tentam refutar teorias que acusam Stalin de genocídio ou crimes contra a humanidade. Tais argumentos devem permanecer sob a proteção das normas constitucionais, garantindo liberdade de expressão e expressão.

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