"Os EUA vão negociar a isenção de aço com o governo brasileiro, a sobretaxa não entrará em vigor enquanto as negociações estiverem em andamento", a conta do Planalto no Twitter informou.
No início de março, os EUA expressaram sua intenção de aplicar uma sobretaxa de 25% às importações de aço e 10% às importações de alumínio, alegando razões de segurança.
Reações à decisão dos EUA
Desde que as sobretaxas foram anunciadas, o governo brasileiro se opôs fortemente e alertou que a medida teria efeitos desastrosos em sua economia.
Anteriormente, Temer disse apostar no diálogo para resolver o problema, mas na semana passada ventilou a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio se não houvesse uma solução "amigável".
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou o anúncio de Temer e disse que discutiu o assunto com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. Meirelles explicou ao funcionário americano que as taxas no caso do Brasil não têm sentido, já que o país sul-americano é produtor de aço usado principalmente pela indústria norte-americana para finalizar seus produtos.
Ao mesmo tempo, o Brasil é o maior importador de carvão siderúrgico norte-americano (quase US $ 1 bilhão em 2017), destinado principalmente à produção brasileira de aço exportada para aquele país.