Analista adverte sobre consequências da presença crescente da OTAN perto da Crimeia

Especialistas militares russos estimam que os exercícios da OTAN no mar Negro e as visitas permanentes de navios de guerra norte-americanos ao litoral russo na Crimeia servem para comprovar a capacidade da Rússia de garantir sua integridade territorial.
Sputnik

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"Há nuances jurídicos", já que o "Ocidente considera a Crimeia como território ucraniano e que as autoridades atuais de Kiev podem autorizar a escala de navios militares dos EUA às águas próximas da Crimeia", explicou o especialista militar russo Dmitry Boltenkov para o jornal Izvestia.

Em março deste ano, o navio de assalto anfíbio norte-americano USS Oak Hill (LSD-51) passou pelo Bósforo para participar dos exercícios da OTAN Spring Storm 2018, perto do litoral da Romênia, e visitou o porto de Batumi (Geórgia). Depois de duas visitas do destroier USS Carney e da passagem do destroier USS Ross, desde o início deste ano esta foi a quarta visita de navios dos EUA à área considerada de interesse estratégico da Rússia no mar Negro.

Boltenkov assinalou que "até hoje, os norte-americanos têm se comportado no mar Negro de maneira correta, contudo, o risco de incidentes é extremamente alto" e o "exército da Rússia reage de forma dura a qualquer atividade militar perto da Crimeia", mas, cedo ou tarde, no melhor dos casos isso "acabará com uma repetição do incidente de 1988”.

Naquele ano, "os marinheiros soviéticos do patrulheiro Bezzavetny e de uma corveta SKR-6 literalmente ‘empurraram’ um cruzador norte-americano e um destroier para fora das águas territoriais perto do litoral da Crimeia", destacou o analista.

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