A que levará desejo dos EUA de manterem liderança mundial? Estado-Maior russo alerta

Os esforços dos EUA para assegurarem a liderança global levam ao confronto total entre países, afirmou neste sábado (24), o vice-ministro da Defesa russo, Valery Gerasimov.
Sputnik

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"Hoje em dia, os esforços dos EUA destinados a não perder sua 'liderança global' e a manter o mundo unipolar de qualquer jeito, incluindo através das armas, são o fator principal que afeta a situação militar e política no mundo. Isso contradiz as visões de muitos países, incluindo a da Rússia, que não aceita esse diktat e apoia uma ordem mundial justa", afirmou Gerasimov.

"Na sequência disso, a confrontação entre países se agravou drasticamente. Ela continua sendo baseada principalmente em medidas não militares, mas políticas, econômicas e informacionais. Além disso, além das áreas mencionadas, ele [o confronto] atingiu todos os aspetos da sociedade moderna, ou seja, a área diplomática, científica, esportiva, cultural e de fato, virou total", frisou o vice-ministro, intervindo na Academia Militar do Estado-Maior.

Enquanto isso, Gerasimov destacou que não se pode afirmar que a luta armada já ficou no passado.

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"A realidade prova que as medidas não militares do Ocidente — econômicas, políticas, diplomáticas e outras — em relação a países 'indesejáveis' são combinadas com a ameaça ou uso direto da força militar", disse.

De acordo com ele, o "poder militar dos EUA e de seus aliados é aplicado com frequência contornando as regras do direito internacional ou com base em interpretações distorcidas destas mesmas regras a seu favor, sob o slogan de proteção da democracia".

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