Ainda de acordo com a PM, o confronto aconteceu na Rua 2 e na localidade Roupa Suja. Foram apreendidos um fuzil, 6 pistolas e 2 granadas.
Familiares das vítimas ouvidos pelo jornal Extra, contudo, contestam a versão da PM para os homicídios. Um parente de Júlio Morais de Lima, de 23 anos, afirmou que ele foi atingido no horário que costumava sair para trabalhar:
"Ele trabalhava numa churrascaria. Começou a trabalhar lá ano passado. Eu estava saindo de casa quando um amigo disse que ele tinha sido baleado. Vim pro hospital, mas ele já estava morto. Ele era trabalhador, não era vagabundo. Todo dia tem tiroteio e ele foi mais uma vítima do que acontece na comunidade. Júlio era trabalhador e vou correr atrás para provar isso."
Uma moradora da Rocinha que não quis se identificar diz que os PMs chegaram atirando:
"O baile tinha acabado e a molecada estava conversando. De repente, os PMs saíram do túnel pulando do carro e já atirando com o carro em movimento. Os meninos se assustaram e saíram correndo. Todo dia eles batem nos moleques. Batem na cara, acham que todo mundo é bandido. Em vez de averiguarem, pedir documentos, já saem batendo, ameaçam com faca ou arma. Não é todo mundo que mora na favela que é bandido. Meu filho de 16 anos saiu para comprar pão e levou um tapa na cara."
Este é o segundo incidente violento na Rocinha nesta semana. Na quarta-feira (21), outro tiroteio matou o morador o morador Antônio Ferreira da Silva e o PM Felipe Santos Mesquita.