Segundo indica o especialista militar Konstantin Sivkov, o fato de que os mísseis Kh-32 entram em serviço e serão usados para a aviação de longo alcance da Rússia, deixa navios de combate norte-americanos impotentes.
"Seu aparecimento no arsenal da nossa aviação de longo alcance significativamente muda o equilíbrio das forças nos cenários de guerra oceânicos e marítimos, porque estes projéteis contam com características muito marcantes", escreve Sivkov em seu artigo publicado no jornal militar russo Voenno-Promyshlenny Kurier (Correio Militar Industrial).
A comparação das características do Kh-32 com o projétil estadunidense Standard Missile-6 (SM-6) — que faz parte do arsenal do Ticonderoga e do Arleigh Burke- revela que a altitude máxima que pode ser alcançada pelo foguete de produção russa supera quase em sete quilômetros a do míssil norte-americano SM-6. Ao mesmo tempo, a velocidade máxima do Kh-32 é quase duas vezes maior do que a do SM-6: 1.500 metros por segundo contra 800.
"A conclusão é que os estadunidenses não poderão destruir o projétil russo. O disparo com 24 mísseis Kh-32 contra um grupo naval de ataque [dos EUA] será letal", resume Sivkov.
O Kh-32 entrou em serviço das Forças Armadas da Rússia em 2016. O projétil pesa aproximadamente 5.800 quilogramas, enquanto o peso da sua ogiva nuclear atinge 500 quilogramas.