Segundo comunica o jornal Wall Street Journal, com referência a funcionários da Aliança antigos e atuais, somente alguns milhares de militares da OTAN de um total de um milhão de efetivos estão preparados para um desdobramento rápido caso aconteça um conflito com a Rússia.
Os representantes da OTAN salientam que quase todos os países europeus que fazem parte da organização têm problemas com suas capacidades de prontidão.
Recentemente, os países da OTAN anunciaram que, em meio às discordâncias com a Rússia quanto à questão ucraniana, vão tomar uma série de medidas para ampliar a atividade militar na Europa. Por sua vez, a Rússia ressaltou que se trata de uma expansão da atividade da OTAN sem precedentes perto das suas fronteiras.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Instituto Russo dos Estudos Estratégicos, Sergei Yermakov, expressou sua opinião por que agora no Ocidente falam tanto da "ameaça militar russa" e em que medida os países da OTAN estão prontos para fazer frente a esta "ameaça".
"Afirma-se que o potencial militar da OTAN não corresponde totalmente à escala da 'ameaça' por parte do nosso país. Aqui surge uma manha evidente, antes de mais ligada ao fato de os EUA gastarem muito dinheiro com defesa e exigirem que os aliados europeus também aloquem muito dinheiro em armas, garantam uma 'contenção' alargada e uma presença militar na linha de frente perto das fronteiras russas. Está sendo provocada mais uma escalada de tensões, eles afirmam que as ameaças são grandes e que a OTAN tem que gastar ainda mais dinheiro em armas e em preparativos militares", afirmou Sergei Yermakov.
Ele adiciona que se está elaborando um "plano do Schengen militar" a fim de deslocar rapidamente as forças norte-americanas pela Europa, antes de mais no leste, perto das fronteiras russas. O especialista nota que também deve ser posicionado equipamento pesado — tanques principais de combate, veículos de combate de infantaria e artilharia de grande calibre, sublinhando que o processo está em pleno andamento.
Quanto ao objetivo de todas estas ações, Yermakov supõe que seja mais uma tentativa do Ocidente, no âmbito da "contenção da Rússia", para ganhar mais ferramentas, quer dizer, força militar para pressionar o governo russo. "É o assim chamado diálogo através da força de que falam os norte-americanos", concluiu o especialista.