Fim de concessões: analista prevê pioras nas relações econômicas entre Pequim e Washington

Em 1º de abril a China anunciou que imporá novas tarifas sobre 128 produtos americanos a partir de 2 de abril em resposta às tarifas estabelecidas por Washington para o aço e alumínio chinês.
Sputnik

Cientista político russo, Andrei Suzdaltsev, falando com o serviço russo da Rádio Sputnik, opinou sobre como estas medidas podem afetar as relações econômicas dos dois países.

Guerra comercial: China pressiona EUA a anular tarifas sobre aço e alumínio
Suzdaltsev lembrou que as relações com Pequim eram um dos temas chave da campanha eleitoral de Donald Trump. A China se comportou de modo bastante complacente com o novo presidente dos EUA, tentando não se envolver em confrontações e contribuindo para a resolução do problema norte-coreano.

Quando surgiu o problema financeiro, a questão sobre o fechamento parcial do mercado americano para as mercadorias de exportação chinesas, frisa o analista, claro que a China teve que responder de modo adequado, arriscando receber uma dose de ruído propagandístico por parte de Washington. Mas não tiveram outra opção.

"A China demostrou que o tempo das concessões, compreensão e ambiguidade acabou, tem que reagir de algum jeito, pois os EUA estão indo ao bolso da China. Apenas pode-se esperar uma deterioração nas relações econômicas entre Pequim e Washington", resumiu Suzdaltsev.

As autoridades chinesas destacaram várias vezes que não querem uma guerra comercial com os EUA, sublinhando que a China é a favor de um novo modelo das relações internacionais em que os interesses de todos são considerados e que seja mutuamente vantajoso.

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