Um grupo de astrônomos apresentou na revista Nature Astronomy os resultados da sua recente pesquisa sobre a estrela mais distante já observada.
O efeito de lente gravitacional que permite usar as grandes aglomerações de galáxias como "lentes" naturais para ampliar a imagem dos corpos celestes que podem estar por trás, tornou possível que a luz procedente da estrela, chamada MACS J1149 LS1 também conhecida como Icarus, fosse ampliada em 2.000 vezes.
Segundo as estimativas científicas, Icarus se formou aproximadamente há 4.400 milhões de anos depois do nascimento do Universo como resultado do Big Bang — momento em que nosso Universo teve cerca de um terço de sua idade atual — e que está afastada a 9 bilhões de anos-luz da Terra.
A aglomeração de galáxias MACS J1149+2223, que serviu de "lupa", situa-se à distância de 5 bilhões de anos-luz do nosso planeta.
Com as imagens obtidas através do Hubble, onde aparece a distante estrela, os astrônomos primeiramente tentavam detectar a última aparição da explosão da supernova Refsdal. Mas além dela, conseguiram também descobrir Icarus.
O descobrimento de Icarus representa uma nova forma de estudar as estrelas nas galáxias distantes e sua evolução.
"Mesmo como a explosão da supernova Refsdal, a luz desta estrela distante foi intensificada e tornou-se visível para Hubble", comentou um dos autores principais do estudo, Patrick Kelly, da Universidade de Minnesota (EUA).
"Esta estrela está pelo menos 100 vezes mais distante do que a próxima estrela individual que fomos capazes de estudar, exceto pelas explosões de supernovas", agregou.