A informação foi divulgada pelo canal CNN se referindo a alguns representantes do Pentágono e da Administração do presidente norte-americano. Conforme informações obtidas pelo canal, se tratava do envio de dezenas de militares estadunidenses para o norte da Síria. De acordo com as fontes, o assunto esteve sendo discutido durante dias antes da declaração de Trump sobre a retirada das tropas do país árabe.
Como se pode explicar tais divergências entre o presidente e o Departamento de Defesa dos EUA? Para Vladimir Fitin, especialista do Instituto Russo de Pesquisas Estratégicas, tudo isso revela que dentro da Administração do presidente dos EUA reinam a bagunça e contradições.
"As informações sobre preparativos dos EUA para reforçarem sua presença na Síria realmente contradizem as declarações de Trump feitas em Ohio. Todas essas divergências são mais uma prova da bagunça e contradições existentes dentro da Administração do presidente dos EUA. Foi difícil nos acostumarmos a isso, mas já nos acostumamos", frisou.
"Quanto à presença militar dos EUA [na Síria] é difícil pressupor que os americanos decidam diminuí-la, ou mesmo deixar o país, pois seu objetivo estratégico é desmembrar este país, ou separar pelo menos sua parte nordeste, e manter sua presença em uma região criticamente importante do Oriente Médio", resumiu.
Os EUA e seus aliados estão realizando uma operação antiterrorista na Síria e no Iraque, atuando na Síria sem permissão das autoridades oficiais do país.