O almirante comentou as informações sobre a Frota do Mar Negro estar estudando as possibilidades de garantir a segurança dos navios russos nos mares Negro e de Azov na sequência da detenção da embarcação russa Nord pela guarda costeira ucraniana.
"Trata-se de uma iniciativa anormal das autoridades ucranianas que exige ser combatida usando todos os métodos possíveis", assinalou Valuev em entrevista à Sputnik.
Contudo, segundo Valuev, de vez em quando há países que inventam suas próprias regras especiais.
"A extensão das águas territoriais deve corresponder às capacidades do país de defendê-las. Pode ser três milhas, ou doze milhas", explicou.
Ele opinou, quanto à detenção do navio russo, que as autoridades de Kiev "começam a fazer porcaria e a inventar coisas contradizendo o bom sendo e as regras internacionais".
"Como uma embarcação civil, tal como um navio militar, possuem o direito de extraterritorialidade [são isentos da jurisdição da lei local] e imunidade, eles têm o direito de se defenderem de ataques", assinalou o almirante, acrescentando que há várias formas de efetuar tal tipo de defesa.
"O navio militar pode proteger as embarcações acompanhadas enviando sinais de advertência pelos canais diplomáticos, pode efetuar tiros de aviso e pode até mesmo recorrer ao uso das armas contra os descarados", ressaltou o almirante.
Segundo relatou o capitão do navio, Vladimir Gorbin, os guarda-fronteiras prometeram libertar os tripulantes detidos caso eles apresentem bilhetes de identidade ucranianos. Enquanto isso, Gorbin assinalou que o cônsul russo teve negado o acesso à tripulação sob pretexto que na embarcação não há cidadãos da Rússia.