Maior companhia aérea norueguesa, Widerøe possui uma frota apenas de aviões turbo-hélices – entre 1992 e 1998, ela teve três modelos EMB-120 Brasília – e o E190-E2 será o seu primeiro avião com motor a jato. A estréia acontecerá no dia 24, em vôo entre Bergen e Tromsø.
A Embraer ainda deve entregar outros dois jatos do mesmo modelo à companhia norueguesa, ao preço de US$ 55,8 milhões para cada um. A Widerøe ainda tem o direito de compra para outras 12 aeronaves da família E2.
"A entrega desta aeronave representa uma nova era à Embraer, nos deixa entrar em novos mercados. É realmente um momento importante para a empresa. Somos líderes nesse mercado [aviação regional] e o modelo chega forte, com eficiência e maturidade. Vai ser um grande sucesso", afirmou o presidente da Embraer, Paulo de Souza e Silva, citado pelo G1.
Certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desde fevereiro, o E190-E2 vem sendo testado desde 2016 e pode comportar até 146 lugares – a Widerøe irá operar com 114 assentos. A Embraer lidera o segmento de até 130 lugares, e já negociou 280 jatos do modelo.
Em comunicado em seu site oficial, a Widerøe destacou ter sido uma das primeiras empresas do mundo a adquirir o E190-E2, elogiou o design do jato e afirmou que a aquisição tornará a companhia norueguesa "uma das mais verdes do mundo", referindo-se às baixas emissões de carbono.
Boeing
Sobre a fusão com a empresa estadunidense Boeing, o presidente da Embraer considerou que seria "uma operação boa" a fusão, mas que ela "não é essencial" para a empresa brasileira. Ele ainda comentou que as negociações continuam, porém a operação é complexa e não há previsão de qual estará concluída.