"Com base no princípio, que compartilhamos, de que o uso da armas químicas por qualquer um e em qualquer lugar é inadmissível e deve ser investigado e punido, bem como que a impunidade é inadmissível e que o uso desse tipo de arma ameaça a não proliferação de armas de destruição em massa, solicitamos, por determinação do nosso governo, a convocação para amanhã, às 3 horas (locais), de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a carta da primeira-ministra da Grã-Bretanha, Theresa May, relacionada ao incidente em Salisbury", disse Nebenzya ao presidente do CS da ONU durante a reunião desta quarta-feira.
No dia 26 de março, 16 países da União Europeia, bem como EUA, Canadá, Noruega, Ucrânia e outros países decidiram pela expulsão de diplomatas russos, em retaliação ao incidente em Salisbury, ocorrido no dia 4 de março. O governo britânico acusou Moscou de ter envenenado o ex-espião russo e sua filha com uma substância considerada como arma química. Kremlin nega as acusações.
No dia 3 de abril, o laboratório do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha admitiu que os especialistas não conseguiram determinar a origem da substância A-234 (também conhecida como "Novichok"), usada para envenenar o pai e filha Skripal, segundo as autoridades de Londres.
No mesmo dia, o ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha reconheceu ter implicado Moscou no envenenamento de Salisbury com base em avaliação interna das informações disponíveis.