Ao discursar no estado de Ohio, o líder estadunidense voltou a afirmar que os EUA sairiam do território sírio "muito em breve" e desejou "que outros tratem disso [da situação na Síria]".
Mais tarde, o canal NBC, ao citar uma fonte da administração da Presidência, comunicou que Trump "esteve relutante" em concordar com o prolongamento por algum tempo da presença do contingente norte-americano na Síria.
Já o senador russo Aleksei Pushkov assinalou que os planos do presidente dos EUA podem não se realizar devido às relações tensas entre o chefe da Casa Branca e sua equipe.
Em uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Aleksandr Vavilov frisou que, ao fazer tais declarações, o líder norte-americano está de fato cumprindo as promessas dadas ainda no âmbito da corrida presidencial.
"Na época, ele disse que sua política seria 'unpredictable', ou seja, imprevisível. Isso é o que está agora acontecendo na prática. Prever ou prognosticar seus próximos passos não será uma tarefa fácil. Ele começou a promover sua ideia sobre retirada das tropas estadunidenses da Síria quando o Pentágono já estava completamente envolvido no plano que prevê, pelo contrário, o reforço do contingente estadunidense na região", explicou.
Desse modo, realça o analista, a declaração do presidente deixou os militares estupefatos, mas, pelo visto, funcionaram as "molas internas" que fizeram Trump afirmar que "por enquanto não iriam sair, mas não ficariam por muito tempo".
"Caso eles cheguem a se retirar, eles o farão de modo bem lento, pois querem ‘tirar proveito' do drama sírio, isto é, ganhar posições geopolíticas e se consolidar na região. Por isso, a intenção de 'largar tudo e sair' da Síria está presente apenas nos discursos de Trump, na realidade a prática prova o contrário", resumiu Vavilov.