"Tal organização teria células adormecidas e ativas em muitos países ao redor do mundo com considerável experiência na condução de ações militares e subversivas em condições de campo e cidade, tecnologias e infraestrutura para produzir armas químicas reais e não falsas", avaliou.
O aviso sombrio foi emitido na 7ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional.
O perigo do Daesh, que já deteve vastas partes do Iraque e da Síria, ainda não deve ser subestimado, já que metade dos mais de 1.600 ataques terroristas em todo o mundo está ligada ao grupo anualmente, acrescentou Bortnikov.
Os ataques resultaram em mais de 150.000 mortes desde o surgimento do grupo terrorista em 2014, e mais de 33.000 pessoas foram mortas ou feridas apenas no ano passado.
Enquanto isso, os extremistas usam a divisão entre as potências mundiais para seus objetivos e isso permite que eles existam. A ameaça terrorista global, no entanto, não pode ser eliminada pelos esforços locais, mas exige uma abordagem conjunta para cumprir a tarefa, disse o chefe do FSB.
Mais cedo, o enviado russo à OTAN Aleksandr Grushko alertou que a segurança internacional sofre com as tentativas de isolar a Rússia, já que tentar criar "refúgios seguros isolados" é algo que está condenado ao fracasso.
Essas advertências foram repetidas pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres — também presente na conferência —, que disse que "nenhum Estado pode resolver este problema [terrorismo] sozinho".
As duas notórias facções terroristas são rivais há algum tempo, apesar de o Daesh ter sido afiliado à Al-Qaeda. Em um ponto, a facção uma vez liderada por Osama Bin Laden atacou o Daesh por suas ações, criticando-o pela maneira como recrutam pessoas e as usam contra a Al-Qaeda.