Segundo o ex-funcionário do Departamento de Cooperação Militar Internacional, o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha no Reino Unido foi uma "provocação planejada" para difamar e isolar a Rússia, encontrando um pretexto para expulsar dezenas de diplomatas russos.
O general acredita que a situação atual nas relações entre a Rússia e o Ocidente é mais perigosa do que na época da Guerra Fria.
"Sempre digo que agora está ainda pior! Durante a Guerra Fria tudo estava claro: havia confrontação ideológica, mas havia certas verdades, certos limites que não podiam ser ultrapassados, nenhumas ameaças, nenhumas sanções", comparou Buzhinsky.
Segundo ele, a Síria poderá se tornar um dos possíveis centros de confrontação, referindo-se às palavras do chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov. Este afirmou que, se Washington atacar o centro de Damasco, onde se encontram militares russos, Moscou tomará medidas de retaliação.
"Não acho que ele estivesse brincando ou tenha feito a declaração apenas para surpreender alguns norte-americanos. Não, tenho a plena certeza que ele o disse a sério", opinou o ex-funcionário do ministério russo.
O general também ressaltou que qualquer confrontação militar entre a Rússia e os EUA resultaria em uso de armas nucleares.
Enquanto isso, especialistas britânicos ainda não conseguiram identificar a origem da substância com que os Skripal foram envenenados.
Segundo os últimos dados, Sergei Skripal saiu do estado crítico. Sua filha acordou há mais de uma semana, informando que está melhorando a cada dia.