"Acho que no momento essa é a maior ameaça para a economia mundial", afirmou Frenkel ao CNBC.
"Devemos evitá-lo custe o que custar", declarou o ex-presidente do Banco de Israel (1991-2000).
O economista explicou que, em um mundo "tão independente, tão interligado", não nos podemos "dar o luxo de disparar uns contra os outros".
"Um mundo em que as regras do jogo são 'olho por olho' é um mundo com muitas pessoas cegas", disse.
O banqueiro acredita que Pequim estaria disposto a negociar com Washington, pois "os chineses são muito racionais". No entanto, avisa, qualquer negociação deve ser respeitosa: "não disparar, apenas falar".
Ao mesmo tempo, o banqueiro, que também trabalhou como assessor econômico no Fundo Monetário Internacional, elogiou a política econômica da Administração Trump, em particular a redução dos impostos das empresas, a repatriação de receitas mantidas no exterior e a desregulação.
Na terça-feira (4) o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) publicou uma lista de aproximadamente 1,3 mil produtos da China que serão tarifadas em resposta ao que os EUA consideram "práticas comerciais injustas". O valor dos produtos chineses afetados se estima em 50 bilhões de dólares.
Menos de um dia depois, Pequim anunciou em resposta a imposição de tarifas de 25% a 106 produtos norte-americanos, como soja, carros e produtos químicos, entre outros.
Esta quinta-feira (6), Trump ordenou à sua Administração considerar "se US$ 100 bilhões em tarifas adicionais seria apropriado" devido à medida de retaliação chinesa, segundo um comunicado da Casa Branca.