Rússia vai lançar primeira usina nuclear flutuante com perspectiva de exportação

No início de 2018, as autoridades russas aprovaram a construção da primeira usina nuclear flutuante em Chukotka, no Extremo Oriente da Rússia. Mikhail Yevgeniev, diretor do respectivo projeto da empresa Atomenergomash, falou com a Sputnik sobre as suas perspectivas.
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Planeja-se que a usina comece a funcionar nos finais de 2019, se tornando a mais setentrional no mundo. Foi relatado também que o valor total do projeto será de até 30 bilhões de rublos, o que são quase 2 bilhões de reais.

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"O PATES [a sigla russa para o termo "usina nuclear flutuante"] é o primeiro projeto da série de blocos geradores móveis que não tem análogos no mundo. […] O objetivo principal do projeto é a criação de uma fonte de energia eficiente e segura para garantir o fornecimento energético aos consumidores nas áreas afastadas do Extremo Norte, Extremo Oriente e outros", disse o alto responsável à Sputnik França.

Yevgeniev frisou que as usinas flutuantes têm uma grande vantagem perante as outras, pois podem, por exemplo, ser usadas em determinadas áreas por um prazo definido (por exemplo, durante obras de construção) e depois movidas para outro lugar.

Além disso, o interlocutor da Sputnik observou que tal usina pode servir como fonte de energia para grandes instalações industriais, por exemplo, no ramo mineiro.

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"Trata-se, nomeadamente, da exploração de minérios perto do litoral na Indonésia, Vietnã, África do Sul, Gana, México, Brasil, Peru, Chile e outros", explicou.

O funcionário observou que a agência russa Rosatom pode propor diferentes soluções, tanto para os países que já têm uma infraestrutura nuclear desenvolvida, quanto para os mais novos usuários que apenas estão interessados em receber energia elétrica a preço vantajoso.

"Todas as obras de exploração da instalação podem ser efetuadas por pessoal altamente qualificado da Rússia, com o uso da infraestrutura naval e nuclear russas. Já o consumidor, por sua vez, vai receber energia elétrica, calor e água dessalinizada a uma tarifa fixa", contou Yevgeniev.

Mais que isso, os blocos geradores podem ser adaptados a quaisquer condições climáticas, desde o frio do Extremo Norte até o calor dos trópicos, sem perder suas caraterísticas de segurança, e já se comprovaram como invulneráveis à atividade sísmica.

 

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