Como Washington pode provocar crise econômica mundial?

Os novos passos improcedentes que os EUA estão dando em relação à Rússia e à China podem provocar uma crise econômica mundial, declarou Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
Sputnik

"Se a Administração norte-americana continuar atuando de um modo tão improcedente e inexplicável contra a Rússia e a China, realmente poderá provocar uma crise da economia mundial", disse Dmitriev durante o Fórum da Bolsa de Moscou.

Moscou sobre colapso bolsista: mercado russo deve se adaptar às novas sanções
Segundo ele, se forem adotadas novas sanções, o governo russo pode adotar medidas de represália contra empresas estadunidenses.

"Estamos preocupados com a situação geopolítica e as possíveis guerras comerciais. Possivelmente, se tiver lugar mais uma onda de sanções, nosso governo começará a estudar a necessidade de medidas de retaliação, incluindo impostos adicionais sobre empresas norte-americanas que compensem o efeito negativo das sanções", informou o especialista.

No dia 6 de abril, os EUA adotaram novas sanções financeiras contra 38 indivíduos e entidades russas, entre elas a exportadora estatal de armamento Rosoboronexport, o gigante do alumínio Rusal, os conglomerados Russian Machines e Basic Element, o fabricante de automóveis GAZ e outras.

As sanções congelam os ativos que esses indivíduos e empresas tenham sob jurisdição dos EUA, todas as operações com eles são proibidas.

Proeminente analista prevê colapso sem precedentes do mercado mundial
Em 5 de abril, Washington publicou um memorando para aplicar tarifas sobre as importações de produtos chineses com um valor total de 60 bilhões de dólares (R$ 190 bilhões), alegando roubo de propriedade intelectual por parte de Pequim.

No mesmo dia, o presidente dos EUA Donald Trump disse que está disposto a aumentar as tarifas no valor de 100 bilhões de dólares (R$ 320 bilhões) em resposta à "injusta" imposição de tarifas por parte da China sobre produtos norte-americanos.

Comentar