Por que Ocidente tenta depor Bashar Assad? Deputado russo explica

Os EUA não conseguirão depor o presidente sírio Bashar Assad do poder "com bombas", anunciou Vasily Nebenzya, representante permanente da Rússia na ONU.
Sputnik

"É difícil imaginar que, depois de tudo o que aconteceu, as autoridades sírias estariam entusiasmadas em relação à situação política a mando de três países. Se o objetivo é forçar 'com bombas' o presidente sírio a se sentar à mesa de negociações para demostrar vitória sobre ele e depois levá-lo ao tribunal como um 'criminoso de guerra', como ameaçam Washington, Londres e Paris, a tarefa não é executável", comentou.

O deputado Yury Shvytkin, em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou sobre o que causou o desejo do Ocidente em depor o presidente sírio.

"Em minha opinião, os EUA e seus aliados não desistem da ideia de depor o presidente da Síria Bashar Assad, eleito legitimamente. Certamente, um de seus objetivos é colocar neste posto um fantoche que governará segundo suas regras. Ao mesmo tempo, eles já entenderam que perderam sua posição geopolítica devido ao fato de que a Força Aeroespacial da Rússia, juntamente com as Forças Armadas da Síria, está combatendo os terroristas com êxito", disse o deputado.

Ainda de acordo com ele, os EUA e seus aliados querem proteger os militantes que os serviram durante a realização de seus planos, acrescentado que, mesmo que as Forças Armadas dos EUA deixem a Síria, eles introduzirão outros contingentes, provavelmente árabes.

Mídia: EUA já não têm mais esperança de vitória da oposição síria contra Bashar Assad
No início de abril, o Ocidente acusou Damasco de usar armas químicas na cidade de Douma. Moscou negou qualquer informação sobre o uso de bomba de cloro, supostamente usada por militares sírios. Os especialistas russos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) visitaram o local e não encontraram nenhum vestígio de toxinas, além de não haver nenhum paciente intoxicado em hospitais locais.

No entanto, na noite da sexta-feira (13), os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram ataques a vários alvos na Síria. A maioria dos mísseis foi interceptada pelas Forças Armadas da Síria. Três pessoas ficaram feridas.

O presidente russo Vladimir Putin chamou os ataques de um "ato de agressão contra um Estado soberano, que está na vanguarda da luta contra o terrorismo".

Comentar