Segundo a edição, que cita fontes, a viagem teve lugar "nas feiras de Páscoa", fazendo parte das preparações para negociações diretas entre Donald Trump e Kim Jong-un.
Posteriormente, o presidente Donald Trump confirmou as informações no Twitter, ressaltando que "o encontro foi muito bom e foram criadas boas relações".
Especialista em assuntos internacionais russo, Vladimir Olenchenko, opinou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik por que foi escolhido Mike Pompeo e não Rex Tillerson para viajar à Coreia do Norte.
Olenchenko recorda as recentes mudanças na administração de Trump, em particular a demissão de Tillerson e indicação de Pompeo, sublinhando haver certa contradição que Trump optou pela candidatura de Pompeo.
"Naquele momento, enquanto ainda não se tratava das negociações [com Pyongyang], […] Trump insistia em resolver [o problema norte-coreano] com força, enquanto o ex-secretário de Estado Rex Tillerson insistia em negociar. Se seguir este rumo, seria mais lógico enviar para lá Tillerson […], mas ele foi demitido e em vez dele foi nomeado Pompeo", recordou o analista.
Por outro lado, avança, Trump tende a tomar passos surpreendentes e duros, então é provável que tenha decidido testar sorte.
"Talvez tenha sido oferecido um acordo a Pompeo: receber o posto de secretário de Estado após visitar a Coreia do Norte", concluiu Olenchenko.
Estados Unidos e Coreia do Norte estão se preparando para o encontro entre os seus líderes. Anteriormente, Donald Trump informou que está considerando cinco lugares para se encontrar com Kim Jong-un. Segundo ele, o encontro poderá ter lugar no início de junho, "caso tudo corra bem", mas poderá também não ter lugar.
Durante o encontro com o premiê japonês, Shinzo Abe, na terça-feira (17), Trump disse que os Estados Unidos lançaram "negociações diretas" com a Coreia do Norte, que se realizam a "níveis extremamente altos".