A Batalha dos Guararapes consiste em dois conflitos ocorridos em 1648 e 1649, parte da Insurreição Pernambucana, e marca a reconquista portuguesa de territórios ocupados pelos holandeses no Nordeste brasileiro. Daí, a data comemorativa da unidade brasileira adotada pelo Exército, liderado em Guararapes por André Vidal de Negreiros, Felipe Camarão, Henrique Dias, João Fernandes Vieira e Antônio Dias Cardoso. Entre eles negros, brancos e indígenas.
Na vida política, solicitado vez ou outra e representado simbolicamente nas eleições presidenciais deste ano, o Exército tem oscilado na opinião pública entre pontos positivos e negativos. Levantamos alguns desses pontos para lembrar o dia 19.
Proteção das Fronteiras
O Exército é responsável pela proteção de todas as fronteiras brasileiras. O que não é tarefa nada simples. O Brasil possui uma fronteira de 16.886 quilômetros, uma das maiores do mundo. Para vigiar as fronteiras o Exército age de forma integrada através do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron. O projeto iniciado em 2012 segue crescendo para garantir a segurança nacional.
Vigilância da Amazônia
O Exército brasileiro tem compromisso declarado com a proteção da Floresta Amazônica. A maior floresta do planeta Terra precisa ser bastante vigiada devido às enormes riquezas que abriga. Além de minerais, a floresta tem uma biodiversidade ímpar. Com isso, a proteção dessa riqueza é fundamental para que o meio ambiente permaneça equilibrado.
Combate à febre amarela e outras endemias
Em 2017 e 2018, um surto de febre amarela atingiu o Brasil. Parte do combate em algumas regiões, assim como a distribuição de vacinas, foi feito pelo Exército brasileiro. Essa é umas das funções que as Forças Armadas podem cumprir em tempos de paz.
A volta do Exército à cena política
Desde 2013 até os protestos de apoio ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, uma parte dos que se manifestavam pediu com entusiasmo por intervenção militar para acabar com as forças políticas de seu desagrado. Apesar dessa parcela não representar a maioria, parece que alguns setores das Forças Armadas acabaram sendo tentados pelo chamado popular e vozes no meio militar têm comentado e emitido juízos cada vez mais incisivos sobre a vida civil. O comandante do Exército, general Vilas Bôas, por exemplo, publicou uma mensagem no Twitter, na véspera do julgamento do Habeas Corpus de Lula, que alarmou os legalistas em todo país, mesmo os mais concervadores. Será que é a volta do Exército na cena política?
As GLOs (Garantia da Lei e da Ordem) em vários estados
O Exército, de forma inegável, proporciona uma sensação de segurança para a imprensa em todo o Brasil. Tanto que, em face de ameaças à ordem pública, o envio de tropas para as capitais brasileiras geralmente é narrada em tom de alívio por noticiários locais e mesmo nacionais. Essa boa reputação, no entanto é também desgastante. Para as polícias locais, em algum sentido, pois o fracasso das políticas públicas na área acaba sendo, de forma totalmente injusta, caíndo sob os seus ombros. Desgastante para os cofres públicos, pois a manutenção de uma operação do Exército em larga escala não é barata. E desgasta o próprio exército, cuja atribuição não é segurança civil. Ou seja, exige requalificação de grande parte do contingente e gera reações negativas mesmo no interior da corporação.