"Não tenho dúvidas de que estamos no caminho para a desnuclearização pacífica da península coreana por várias razões", disse o secretário-geral da ONU depois de uma reunião com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, em Estocolmo.
Em sua opinião, a mais importante dessas razões é "a unidade do Conselho de Segurança, que foi capaz de cumprir e aprovar sanções muito duras e significativas".
Ele acrescentou que essas sanções tiveram um grande impacto sobre as autoridades norte-coreanas e as fizeram entender que é necessário "iniciar um diálogo com a comunidade internacional e, em particular, com a Coreia do Sul e os EUA".
Guterres destacou o importante papel dos EUA, da China e de outros países na resolução da crise na região.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, anunciou que Pyongyang suspenderia os testes nucleares e de mísseis a partir de 21 de abril e fecharia o local de testes nucleares de Punggye-ri, no norte do país.
Além disso, o líder norte-coreano deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de junho ou antes, segundo a Casa Branca, para abordar as questões de desnuclearização da península coreana e a normalização das relações.
A Coreia do Norte proclamou-se uma potência nuclear em 2005 e, desde então, realizou seis testes nucleares, apesar das proibições do Conselho de Segurança da ONU.
Os testes foram realizados na usina nuclear de Punggye-ri, o último dos quais ocorreu em 3 de setembro e foi o maior de todos, quando uma bomba de hidrogênio de 250 quilotons foi testada.
No ano passado, a Coreia do Norte também realizou cerca de 15 testes de mísseis balísticos, incluindo mísseis intercontinentais capazes de atingir o território dos EUA.