"Eu me dirijo a vocês pela última vez como chefe de Estado. [O líder das manifestações] Nikol Pashinyan tinha razão, eu não. Nesta situação, há várias soluções, mas não aceito nenhuma delas. Não é típico de mim. Eu deixo o cargo de dirigente do nosso país", cita a assessoria de imprensa as palavras de Sargsyan.
O Ministério da Defesa armênio condenou a participação dos militares da manifestação e prometeu "tomar medidas" em relação àqueles que deixaram voluntariamente as unidades militares. A entidade lembrou também que a Constituição e as leis da república restringem a participação dos militares de quaisquer assembleias.
As manifestações de protesto contra o governo do ex-presidente da Armênia e novo primeiro-ministro Serzh Sargsyan abalam o país já há quase duas semanas.
As manifestações contra a nomeação de Sargsyan como premiê da Armênia começaram em 13 de abril. Sargsyan tinha sido eleito presidente do país em 2008 e 2013. A oposição acusa-o de gestão ineficiente e deterioração da situação econômica no país.
Em 17 de abril, a oposição anunciou o início da "revolução de veludo". Apesar dos protestos, o parlamento da Armênia no mesmo dia elegeu Sargsyan chefe do gabinete dos ministros. Antes disso, tinham entrado em vigor emendas constitucionais, segundo as quais o premiê passou a ser dotado de poderes mais amplos.