No Brasil, o fenômeno aparece com melhor clareza nas regiões Norte e Nordeste. De acordo com a planetarista do Espaço UFMG do Conhecimento, Sheila Xavier, isso ocorre porque a constelação Lyra nestes locais fica melhor posicionada no ponto mais alto em relação ao horizonte por estar mais voltada para o Hemisfério Norte. "No Sul e Sudeste não conseguimos visualizar tão no alto do céu e nessa época ela aparece quase com o sol nascendo, por volta das 4h30, 5h da manhã, o que dificulta a observação da chuva de meteoros", explica.
"O rastro deixado pelo meteoro no céu [é melhor captado desta forma]. O interessante é que para verificar se o meteoro observado está relacionado às líridas, quando se percebe a trajetória que ele deixa no céu e traçar, ele vai te levar à constelação da Lyra. É difícil captar, mas com certeza é uma sensação incrível".
Segundo o Observatório Nacional, em uma noite típica, poderão ser observadas pelo menos entre 10 e 20 "estrelas de abril" entrando na atmosfera por hora. No seu pico, as líridas podem chegar a 100 por hora.
Opções ao longo do ano
"A gente busca calcular as efemérides (período em que há mais regularidade). No início do ano, tivemos a constelação de Touro que estava mais bem posicionada no céu. Já no mês de maio teremos uma chuva na constelação de Aquário, a Eta Aquaridas (60 meteoros por hora no pico)", revela.