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'Guerra é negócio': analista teme que EUA possam desencadear conflitos na América Latina

Seis países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Brasil, Chile, Peru, Argentina, Paraguai e Colômbia, anunciaram seu desejo de abandonar temporariamente a organização. Analista acredita que a decisão é um grande passo para trás.
Sputnik

A cientista política da Universidade de Buenos Aires, Sonia Winer, opinou à Sputnik Mundo que o abandono ameaça à integridade regional, incentiva conflitos entre Estados e afeta a proteção dos recursos naturais.

"Essa desintegração visa não apenas criar obstáculos ao desenvolvimento de uma identidade regional própria e à unidade dos países da região, mas também enfraquecer a soberania territorial, a cooperação e a proteção de recursos naturais estratégicos, ou seja, aos objetivos do Conselho de Defesa Sul-Americano", opinou a analista.

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Além disso, acredita Winer, a saída temporária dos seis países da Unasul "cria uma base para ingerências estrangeiras, em particular por parte do complexo militar-industrial dos EUA e do Reino Unido, o que já está acontecendo na região".

A especialista sublinha que tal situação mina os processos de resolução diplomática dos conflitos, pois "a única maneira de resolver conflitos para os EUA é a militar".

"Temo que os EUA possam provocar conflitos entre Estados na América Latina e propor soluções militares, porque a guerra é negócio", afirmou Winer.

Em 20 de abril, seis países latino-americanos (Brasil, Chile, Peru, Argentina, Paraguai e Colômbia) decidiram suspender suas atividades dentro da Unasul. Entres as razões principais para a decisão estão a "paralisia" e "falta de vontade" de eleger secretários-gerais e resolver os problemas administrativos.

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