'Estados Unidos dão início à caça aos diplomatas russos', diz analista

O Kremlin chamou de "paranoia" as mensagens da mídia norte-americana em relação à "vigilância" de diplomatas russos sob imigrantes nos EUA.
Sputnik

O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, comentou os recentes relatos da mídia ocidental alegando que os diplomatas expulsos dos EUA estavam supostamente envolvidos na vigilância de imigrantes da Rússia e suas famílias, os quais Moscou "considera como inimigos e traidores do Kremlin". Entretanto, a publicação não apresentou nenhuma prova. 

"[As mensagens] ainda parecem manifestações primárias e secundárias de paranoia, às vezes, desempenhada por nossos colegas", disse Peskov aos jornalistas. 

Segundo ele, a mídia deveria listar os nomes e as razões que levaram os EUA a divulgarem essa afirmação. 

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"Nada disso foi feito", acrescentou. 

No final de março, os EUA anunciaram a expulsão de 60 diplomatas russos e o fechamento do Consulado Geral da Rússia em Seattle. As autoridades norte-americanas justificaram as ações pelo "envolvimento de Moscou na tentativa de assassinar o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia", sem fornecer qualquer prova.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista em assuntos de segurança, Konstantin Blokhin, observou que a situação atual lembra o período de perseguição política nos Estados Unidos.

"É um retorno aos dias de escuridão para os Estados Unidos, a época do senador Joseph McCarthy. Só que agora isso acontece com um novo estrondo: no passado sempre caçaram comunistas, e agora estão na mira os 'temíveis russos'. É claro que tudo isso prejudica as relações russo-americanas, além de arruinar a imagem dos EUA", afirmou Blokhin.

Ele também acrescentou que os norte-americanos invadiram as embaixadas russas, quebrando todas as convenções possíveis. 

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"Infelizmente, Estados Unidos começaram uma nova 'caça às bruxas' – caça aos diplomatas russos", concluiu. 

Na quarta-feira (25), autoridades dos EUA chegaram à residência fechada do cônsul-geral russo em Seattle, abriram os portões e entraram no prédio.

Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, classificou a situação como "absolutamente ultrajante, vergonhosa e sem precedentes" que viola grosseiramente as normas jurídicas internacionais.

Anteriormente, os EUA exigiram fechar o Consulado Geral da Rússia em Seattle no dia 2 de abril e liberar o prédio da residência do cônsul geral em 25 de abril.

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