Família de Otto Warmbier processa Coreia do Norte por morte do estudante americano

Os pais de Otto Warmbier, jovem norte-americano que faleceu nos EUA logo após passar 17 meses detido em uma prisão da Coreia do Norte, decidiram processar as autoridades de Pyongyang pela morte do rapaz.
Sputnik

Warmbier, estudante da Universidade da Virgínia, foi preso em janeiro de 2016 em visita à capital norte-coreana por roubar um item de propaganda governamental para levar aos EUA. Após ser condenado a 15 anos de trabalhos forçados no país asiático, ele foi libertado, em junho de 2017, para retornar aos Estados Unidos. Mas, já com uma saúde bastante deteriorada, em razão de problemas que surgiram durante a prisão, ele morreu poucos dias depois de voltar para casa, em um hospital de Cincinnati, Ohio, colocando ainda mais tensão nas relações entre Washington e Pyongyang.

Estudante americano libertado da Coreia do Norte morre nos EUA

"Em uma tentativa de extrair várias concessões do governo dos Estados Unidos, a Coreia do Norte deteve Otto, forçou-o a 'confessar' falsamente um ato de subversão em nome do governo dos Estados Unidos, torturou-o, o manteve em detenção durante um ano e meio sem permitir que ele se comunicasse com sua família, e o devolveu a eles em um estado não responsivo e com morte cerebral", diz a queixa apresentada pelos querelantes Cynthia e Frederick Warmbier.

No processo aberto nesta quinta-feira, 26 de abril, em uma corte federal de Washington, os pais de Otto afirmam que o estudante morreu como resultado de ações diretas da Coreia do Norte, acusação negada pelo governo de Kim Jong-un, que vive a expectativa de se encontrar com o presidente norte-americano, Donald Trump, após um longo período de provocações belicosas que podem ter chegado ao fim. 

Comentar